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Via: CNN Brasil Foto: Nicolas Julia

Em recente entrevista a CNN Brasil, questionado sobre a capacidade de crescimento e sustentabilidade do mercado, Nicolas Julia, CEO da Sorare, afirma que o grande objetivo da marca é fazer parcerias com outras desenvolvedoras de jogos para que as cartas passem a ter um ecossistema próprio.

Com jogadores de mais de 90 países (inclusive o Brasil), e uma média de quase US$ 2 milhões transacionados por mês, ele diz que o site gera lucro desde fevereiro de 2020, sem citar valores.

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Seu outro grande objetivo é aumentar o número de clubes licenciados e garante que teremos equipes brasileiras no servidor (Sorare), em breve.

Como a Sorare funciona?

Os jogadores, são como dirigentes, que formam times virtuais de cinco jogadores de futebol, a partir de cartões em blockchain na plataforma Sorare. 

As equipes são classificadas com base no desempenho de seus jogadores no campo de futebol do mundo real e nos pontos atribuídos, assim como no Cartola. As cartas variam em poder e experiência e podem gerar pontos de bônus. Toda semana, quando um time de futebol do mundo real está jogando, os times com mais pontos são recompensados ​​com novos cartões.

Os gerentes podem comprar e vender seus cartões para outros gerentes na plataforma Sorare, com preços de mercado variando continuamente, geralmente impulsionados pelo desempenho dos jogadores no campo do mundo real.

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Os cartões da plataforma Sorare são negociados por meio de um mecanismo de leilão. Quando há um lance mais alto em um cartão, os usuários que têm um lance mais baixo no cartão são creditados novamente e notificados. O licitante que oferecer o preço mais alto recebe a carta no final.

Para explicar o mercado, é preciso detalhar um pouco mais o processo de criação das cartas. Elas são desenvolvidas no início de cada temporada, a partir dos contratos de licenciamento com os times, e são divididas em quatro categorias:

– Únicas (1 cópia);

– Super raras (10 cópias);

– Raras (100 cópias);

– Comuns (grátis e ilimitadas).

O que quer dizer que, se eu tiver uma carta única do Manuel Neuer da temporada 2020-2021, ninguém vai ter igual (as cartas das temporadas anteriores também podem ser utilizadas). Mas, para ter esse card, é preciso comprá-lo no leilão inicial ou de um dono disposto a vendê-lo. 

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A oferta inicial dos cards, que é onde a Sorare e os times fazem dinheiro, começa sempre em 5 euros (cerca de R$ 33). Os jogadores ativos participam, então, de um leilão por tempo limitado, até alguém finalmente arrematar o item em disputa. Neste momento, já é feita a transação do produto no Ethereum.

Se o objetivo é se desfazer de uma carta, o mercado secundário funciona de forma intuitiva. O vendedor lista o produto no site pelo preço que acha justo e espera que apareça um comprador.

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Não há intermediação ou taxas no processo. A carta mais cara disponível para compra é do meia português Bruno Fernandes, do Manchester United, pela bagatela de 93 mil euros (cerca de R$ 615 mil).